sábado, 31 de julho de 2010

NA CASA DE POTIFAR


NA CASA DE POTIFAR
(Ari Pinheiro)

De repente
A serpente se ergue
Na casa de Potifar
Que é preciso parar um homem
Um escolhido de Deus...
A mulher-serpente
Inocula o veneno
Que era para o ungido
Na mente atordoado
Do príncipe, seu marido...

Sem defesas aparentes
José enfrenta a masmorra
Onde aos olhos humanos
Já não há quem lhe socorra
Não cedeu
Aos efêmeros encantos
Para ela
É melhor que ele morra!

Mal sabia a infiel
Que ao tentar um escolhido
Acordou as hostes dos céus
E Deus ficou compungido
José não se turbou
Ou alterou o semblante
Sempre creu num Deus maior
Na luta seguiu confiante
Já que a glória do soldado
Depende do comandante!

E justo em hora difícil
Potifar ficou aflito
E José sai da cadeia
Pra matar a fome do Egito
Mais tarde é governador
Pra honra e glória de Deus
Com sabedoria e justiça
Também mata a fome dos seus...
De seu pai e seus parentes
A até mesmo de quem
Como escravo lhe vendeu!

É este o Deus de quem falo
Que não me deixa calado
Pois não tolera injustiça
Reabilita o injustiçado
Um escravo e presidiário
Transforma em chefe de estado!!!

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