domingo, 18 de julho de 2010

DE LUA MINGUANTE


DE LUA MINGUANTE (Ari Pinheiro)

Mas quem foi que disse
Saudade não mata
Mas que alma ingrata
Sem conhecimento
Pois quem tem saudade
Vaga por aí
Igual a um zumbi
Com a morte por dentro...

E o punhal da noite
De lua minguante
É o mais cortante
Que já conheci
Pois enquanto canto
A ausência tua
Nem a luz da lua
Vem brilhar aqui...

Somente as estrelas
Sabem do tormento
Do triste lamento
Deste verso frio
Onde a alma chora
Na noite sem lua
A saudade tua
Num leito vazio...

Ainda bem que as trevas
Sempre vão embora
E a alma que chora
Tem um novo afã
Pois quem ama espera
A volta da amada
De sol enfeitada
Na luz da manhã!

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